Acho que essas três palavras expressam bem a forma com eu orava. Muitas vezes, eu falava pra Deus das minhas inquietações, desejos, planos, fazia perguntas e pedia que Ele me mostrasse algo, mas antes que Ele respondesse, eu me levantava e ia embora. Fico imaginando Deus com o fôlego suspenso, na iminência de abrir os lábios sendo frustado por minha desatenção e partida precoce.
Mesmo quando eu o havia chamado pra conversar, não lhe dava oportunidade de falar. Simplesmente “desligava” e prosseguia, como se a oração se resumisse ao ato de falar sobre mim. Imagino que algumas vezes Ele falou, mas eu não estava atenta e não pude ouvi-lo.
Hoje tenho treinado meu ouvido. Fico atenta ao que acontecesse ao meu redor. Uma necessidade latente ou uma oportunidade de agir podem ser o que Ele está querendo me dizer. Se estou orando por algo específico, ao longo do dia presto atenção se alguém se aproxima de mim falando sobre aquele assunto ou até mesmo sendo resposta à minha oração.
Observar, sondar, buscar, relembrar são exercícios para perceber as respostas de Deus e ver Sua ação ao nosso redor. Quando nos damos conta de que a oração é também o ato de ouvir, percebemos que ao estarmos simplesmente atentos estamos orando sem cessar. Ouvir e ser ouvido são partes essenciais de um relacionamento de amor, real e pessoal.
Aquelas respostas que pareciam nunca chegar, agora, são possibilidades reais, são evidências de um relacionamento. Não são apenas palavras soltas. Nem as minhas, nem as d’Ele. “Pode falar, Senhor, estou ouvindo, câmbio...”
Ore e deixe que sua oração ressoe durante todo o dia. Esteja atento. Escute.
Elisa Almeida
Um comentário:
ORE E DEPOIS PROCURE PERCEBER SE VOCÊ NÃO É A RESPOSTA PARA ESSA ORAÇÃO!
Postar um comentário